terça-feira, 19 de março de 2013

As armas que matam são as dos bandidos

Salvador é cidade com mais mortes por arma de fogo
Com 1.596 mortes por armas de fogo, a capital baiana ficou à frente, em números absolutos, de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo
08.03.2013 | Atualizado em 08.03.2013 - 08:49
Thais Borges e Karina Costa   mais@correio24horas.com.br
Salvador foi a capital brasileira que registrou mais mortes por arma de fogo em 2010, o ano mais recente que tem os dados disponíveis no Mapa da Violência 2013, elaborado pelo Instituto Sangari (vinculado ao Ministério da Justiça) e  divulgado na noite de quarta-feira.
Com 1.596 mortes por armas de fogo, a capital baiana ficou à frente, em números absolutos, de cidades como Rio de Janeiro (1.486) e São Paulo (1.172). O estudo leva em consideração dados referentes ao período de 2000 a 2010.
Na evolução do período, as mortes em Salvador saltaram de 619 no primeiro ano para 1.596 (2010), o que representa um aumento de 157,8%. Já a taxa de mortes por arma de fogo a cada 100 mil habitantes saltou de 25,3 em 2000 para 59,6 em 2010, um aumento de 135,4%. 
Na comparação entre os estados, a Bahia subiu da 15ª posição no ano 2000 - com uma taxa de 11,7 mortes, para passar a ocupar a 4ª colocação, com uma taxa de 34,4 no último ano avaliado. Em 2010, a Bahia só teve menos mortes por arma de fogo que os estados de Alagoas (55,3), Espírito Santo (39,4) e Pará (34,6).
A Bahia computou 1.523 mortes em 2000, total que chegou a 4.818 em 2010, registrando um aumento de 216,3%. O Mapa da Violência 2013 apresenta ainda um ranking de municípios de todo o país com mais de 20 mil habitantes, feito com base numa média de mortes entre os anos 2008, 2009 e 2010.
A Bahia tem sete cidades entre as 20 primeiras. São elas:  Simões Filho (1º), Lauro de Freitas (3º), Porto Seguro (6º), Eunápolis (8º), Itabuna (12º), Jacobina (14º) e Dias D'Ávila (19º). Salvador aparece na 30ª posição do ranking. 
Questionado sobre os dados na manhã de ontem, em solenidade da Polícia Militar, o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, disse que não podia comentar em detalhes porque ainda não tinha visto o estudo. “Todo ano lança o mapa. São critérios que vão variando. Não estou discutindo critérios. Está latente o esforço que estamos fazendo para melhorar a segurança pública com a aquisição de armamentos, viaturas. São coisas que geram efeito de longo e médio prazo. Estamos sofrendo consequências dos últimos dez anos”, disse. 
“Esses estudos tem que ser encarados com vários fatores. Nós fornecemos dados com mais transparência por isso somos piores avaliados. Não sei qual o critério, metodologia que usaram. Todos os locais críticos estão com bases comunitárias”, completou Barbosa.
Acerca da matéria, devemos observar que a estatística não é conclusiva para um estudo que traga à realidade o que acontece no nosso País e, no caso, no nosso Estado, pois, segundo o Departamento de Polícia Federal, a arma que mata é a arma ilegal, ou seja, a arma do bandido, coforme pode se ver na matéria publicada na Folha de São Paulo a seguir:
Criminosos não usam armas legais, dizem especialistas
Estados com maiores índices de violência são os que têm menor número de pessoas com porte de armas autorizado pela Polícia Federal.
Dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação mostram também que a correlação é a mesma se considerado o número de armas registradas oficialmente em cada unidade da Federação.
No total, existem no país 1,2 milhão de autorizações para posse de armas e 3.400 civis com permissão para andarem com o armamento.
Os dados reforçam a avaliação de especialistas sobre o impacto quase nulo das armas legais na violência.
O Amapá, quinto Estado mais violento segundo o Mapa da Violência de 2012, tem dois portes autorizados. Alagoas, o campeão da violência, tem 49. Já o Rio Grande do Sul tem o maior número de porte de armas, 1.060, e é o quinto Estado menos violento.
Há uma diferença entre os registros de armas e o porte, ambos feitos pela PF. É como se fosse o documento do carro (registro) e a carteira de motorista (porte).
Quem for pego na rua armado e sem porte pode responder criminalmente.
São Paulo tem o maior número de armas registradas: 273 mil, seguido por Rio Grande do Sul (158 mil).
Desde a entrada em vigor do Estatuto do Desarmamento, em 2004, a PF restringiu o porte de armas. Para obtê-lo, os interessados têm de comprovar necessidade profissional do uso da arma ou ameaça à integridade física.
Antes de conceder o porte, a PF analisa o histórico da pessoa: passagens pela polícia, processos na Justiça, se tem emprego fixo etc.
Para especialistas e delegados da PF, os dados reforçam que não há relação direta entre porte de armas e violência, até porque criminosos não usam armas legais.
Dados do Sistema Nacional de Armas mostram que 80% das armas apreendidas em crimes têm origem nacional e, em algum momento, entraram na ilegalidade, seja por roubos de armas legais ou desvios de depósitos de polícias ou militares.
Fonte: Folha de S. Paulo
O que se discute é o direito do cidadão adquirir e portar arma de fogo de calibre permitido, não que a arma de fogo seja o instrumento final de defesa, mas sim um instrumento capaz de transmitir a sensação de segurança e, em última instância, colocar o cidadão com o mesmo poder de fogo do bandido e assim não morrer sem a oportunidade de se defender.
Correntes distintas se alternam nas filosofias, uns são contra a arma de fogo em mãos do cidadão, os Direitos Humanos é um deles; outros são a favor.
Os órgãos de segurança instruem aos cidadãos a não reagir para não morrer, mas a realidade mostra que o bandido está matando primeiro, haja ou não reação.
Quanto a isso o Major L. Caudill – Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA – USMC já se manifestou na Internet, senão vejamos:
“ O Estado não pode garantir o monopólio da força ao marginal armado”
Manifestação do Major L. Caudill – Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA - USMC
As pessoas só possuem duas maneiras de lidar umas com as outras: pela razão e pela força. Se você quer que eu faça algo para você, você tem a opção de me convencer via argumentos ou me obrigar a me submeter à sua vontade pela força.
Todas as interações humanas recaem em uma dessas duas categorias, sem exceções. Razão ou força, só isso. Em uma sociedade realmente moral e civilizada, as pessoas somente interagem pela persuasão.
A força não tem lugar como método válido de interação social e a única coisa que remove a força da equação é uma arma de fogo (de uso pessoal), por mais paradoxal que isso possa parecer.
Quando eu porto uma arma, você não pode lidar comigo pela Força. Você precisa usar a Razão para tentar me persuadir, porque eu possuo uma maneira de anular suas ameaças ou uso da Força.
A arma de fogo é o único instrumento que coloca em pé de igualdade uma mulher de 50 Kg e um assaltante de 105 Kg; um aposentado de 75 anos e um marginal de 19, e um único indivíduo contra um carro cheio de bêbados com bastões de baseball.
A arma de fogo remove a disparidade de força física, tamanho ou número entre atacantes em potencial e alguém se defendendo. Há muitas pessoas que consideram a arma de fogo como a causa do desequilíbrio de forças. São essas pessoas que pensam que seríamos mais civilizados se todas as armas de fogo fossem removidas da sociedade, porque uma arma de fogo deixaria o trabalho de um assaltante (armado) mais fácil. Isso, obviamente, somente é verdade se a maioria das vítimas em potencial do assaltante estiver desarmada, seja por opção, seja em virtude de leis – isso não tem validade alguma se a maioria das potenciais vítimas estiver armada.
Quem advoga pelo banimento das armas de fogo opta automaticamente pelo governo do jovem, do forte e dos em maior número, e isso é o exato oposto de uma sociedade civilizada. Um marginal, mesmo armado, só consegue ser bem sucedido em uma sociedade onde o Estado lhe garantiu o monopólio da força.
Há também o argumento de que as armas de fogo transformam em letais confrontos os que de outra maneira apenas resultariam em ferimentos. Esse argumento é falacioso sob diversos aspectos. Sem armas envolvidas, os confrontos são sempre vencidos pelos fisicamente superiores, infligindo ferimentos serissimos sobre os vencidos.
Quem pensa que os punhos, bastões, porretes e pedras não constituem força letal, estão assistindo muita TV, onde as pessoas são espancadas e sofrem no máximo um pequeno corte no lábio. O fato de que as armas aumentam a letalidade dos confrontos só funciona em favor do defensor mais fraco, não do atacante mais forte. Se ambos estão armados, o campo está nivelado.
A arma de fogo é o único instrumento que é igualmente letal nas mãos de um octogenário quanto de um halterofilista. Elas simplesmente não funcionariam como equalizador de Forças se não fossem igualmente letais e facilmente empregáveis.
Quando eu porto uma arma, eu não o faço porque estou procurando encrenca, mas por que espero ser deixado em paz. A arma na minha cintura significa que eu não posso ser forçado, somente persuadido. Eu não porto arma porque tenho medo, mas porque ela me permite não ter medo. Ela não limita as ações daqueles que iriam interagir comigo pela razão, somente daqueles que pretenderiam fazê-lo pela força.
Ela remove a força da equação. E é por isso que portar uma arma é um ato civilizado.
Então, a maior civilização é onde todos os cidadãos estão igualmente armados e só podem ser persuadidos, nunca forçados.
Lembre-se sempre:

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim".
Devemos lembrar que o referendum mostrou que a Nação Brasileira deseja a continuidade do comércio de arma legal e o porte legal de arma de fogo pelo cidadão, entretanto o Legislador não atendeu a vontade popular e criou, com a sanção do Governo, o Estatuto do Desarmamento que não proíbe o comércio de arma de fogo, mas dificulta ao máximo a compra e venda, inclusive taxando de forma abusiva. Já o porte de arma de fogo, o Estatuto proíbe. Não se questiona as regras para aquisição e registro de arma de fogo que, aliás, são excelentes (http://www.dpf.gov.br/servicos/armas/aquisicao-de-arma-de-fogo), questiona-se a forma, a burocracia, a “má vontade” e todas as demais “dificuldades”.
Benjamin Franklin disse:
“Quando todas as armas forem propriedade do Governo, este decidirá de quem serão as outras propriedades.”
No dia em que a Nação Brasileira tiver a civilidade do povo japonês, aí então terá segurança e a arma de fogo legal não terá justificada a sua existência. Porém, enquanto isso, ao cidadão haverá de ser dado o direito de proteger o seu lar, a sua família, o seu patrimônio, a sua vida, pois certo é que ao marginal, o Estado, ao não extinguir o tráfico de armas de fogo, garanti-lhe a faculdade de matar.
Todos lembram que na campanha do desarmamento iludidos cidadãos entregaram suas armas e muitas delas voltaram às ruas nas mãos dos marginais. Recentemente alguns soldados do EB foram presos por negociar com o tráfico de entorpecentes armas e munições de calibre restrito (armas e munições do Estado).
São essas as armas que matam e que elevam o índice estatístico de mortandade pela arma de fogo e tem mais, observem que os noticiários que apontam os homicídios, vias de regra apontam os de cujus como envolvidos, de alguma forma, com o tráfico de drogas, portanto não são cidadãos de bem, portanto são armas de fogo ilegais.
Diz o Deputado Estadual Túlio Isac (PSDB) que “Bandido bom é bandido morto” (http://g1.globo.com/goias/noticia/2011/12/bandido-bom-e-bandido-morto-diz-deputado-estadual-de-goias.html) e esta frase anteriormente foi dita por um Delegado de Polícia do RJ com a continuação “e enterrado em pé para não ocupar espaço”.
Sabemos que a coisa não pode ser bem assim, mas entre morrer o bandido e morrer o cidadão, que morra o bandido e seja enterrado em pé para não ocupar espaço, e de cabeça para baixo.